quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pai.

Há quatro anos atrás, nesse mesmo horário, eu me encontrava em prantos, desesperada, inconformada, desacreditada.
Quatro anos. Quem diria? O tempo passa e a gente nem vê...
É horrível, não? Perder alguém tão especial. Perder teu melhor amigo, teu anjo, teu protetor. Teu pai!
Uma vez escrevi algo sobre as pessoas não darem valor à seus respectivos pais e que estas pessoas não sabem como são felizes por ainda terem seus pais consigo. Eu daria tudo pra ter você comigo de novo.
Meu egoísmo me faz mal, mas que culpa tenho se eu preciso de você comigo pro meu mundo ser melhor?
Sabe, pai? Eu já te perdoei pelo que aconteceu, já te perdoei pelos teus erros, já agradeci a Deus por ter me dado a honra de ser sua filha, já comemorei contigo as nossas e suas vitórias. Eu vivi muitas coisas com você, já presenciei muita coisa, já rimos e já choramos por diversos motivos. E eu sinto uma falta tremenda de ti. Sinto falta do que eu tinha há quatro anos atrás. Sinto falta do seu abraço, do seu sorriso, das suas broncas, seu beijo de "bom dia" e "boa noite", suas crises de ciúmes quando garotos falavam comigo, das nossas farras em festas da família... Sinto falta de tudo, mesmo!
E o pior é que eu sei que você está melhor do que nós. Eu sei que você cuida de nós, onde quer que esteja. Sei que está aqui, por mais que não possamos te ver ou tocar.
Eu sei, também, que está vendo tudo isso que estou te escrevendo e confesso, pai, tudo que escrevo pra você eu faço com muito carinho, porque eu sei que você está vendo.
Mas o que me conforta - ou me deixa "menos pior" - é que, pelo menos, eu pude dizer a você que eu te amo e te dar um beijo. 
O que eu senti há quatros atrás, continua me sufocando da mesma maneira. Isso não vai passar. Nem amenizar. E é uma grande mentira quando dizem que isso muda com o tempo. 
Sua ausência me machuca sim, e dói. Mas você pra sempre será o meu herói! :')
Eu te amo muito, meu pai
"Sei que quando canto você pode me escutar."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Desabafo via composição.





"Saio de casa pra distrair os pensamentos e encontro em qualquer calçada amparo para os meus tormentos. E eu sei que nem sempre as coisas são como a gente quer, mas precisa mesmo ser tão complicado assim?
Eles dizem que preciso aprender a me virar sozinho, que preciso aceitar as coisas como são. Que mesmo diante do pior dos medos eu não devo temer. E que, às vezes, os problemas, só mesmo o tempo pra resolver.
Não acho graça quando dizem que essas coisas acontecem e que isso vai passar. Só eu sei a quanto tempo me vejo dando voltas e voltas preso no mesmo lugar. 
Eles dizem que preciso aprender a me virar sozinho, que preciso aceitar as coisas como são. Que mesmo diante do pior dos medos eu não devo temer. E que, às vezes, os problemas, só mesmo o tempo pra resolver."


(Berlin - Valentin, vulgo Érico Junqueira)