sábado, 14 de março de 2015

Dia obscuro



No final de semana da sexta-feira 13, a obscuridade se atrasou em meio a tantos problemas. Até mesmo a escuridão se perdeu perante à raça humana. 
Chega a ser ironicamente incrível como as pessoas se incomodam tanto com a vida alheia. E mais ainda o fato de saírem espalhando tanta pecuinha pelo mundo.
Mundo sombrio. Mesquinhez aguda.
A sujeira humana não tem fim. Talvez nunca tenha.
O cheiro da podridão se camufla em toda a correria e, às vezes, você se esquece de que é uma batalha sem prazo para terminar.
Eu queria entender como é que existe tanta gente má nesse mundo. Gente que só pensa no seu próprio nariz e te esfaqueia pelas costas toda vez que passa por você ou te abraça.

É aquela velha história de precisar dormir sempre com um olho aberto. Nunca saberemos de onde virão as pedras.
Seres pequenos, corações vazios. Uma estrada cheia de obstáculos querendo te derrubar, querendo te finalizar.
Tantas coisas acontecem em nossas vidas que nos transtornam e abalam bem mais do que deveriam e tudo que conseguimos sentir é o ódio pulsando nas veias, tomando conta de nossas almas. O sangue ferve. A explosão eclode.
E existe uma luz? Seres que tentam transparecer o bem mesmo com todo o caos? Seres com a essência purificada mesmo que em seu mais íntimo ou mínimo? Quem vai te ajudar a erguer o seu castelo para se protegerem dos ataques? Do you really know who they are? Mais um momento em que a vida está agindo para nos testar e nos provar que nem tudo é como a gente pensa. Nem tudo são rosas. Nem todos são confiáveis. E a maioria das pessoas não se importam com você e muito menos com o que pensa e tens a dizer. E a mesma maioria não faria e NÃO fará por você metade do que você faria por eles. Você poderá contar em apenas cinco dedos quem estará lá no fim de tudo com e por você.

É mais um momento em que se é necessário parar para pensar bem, refletir e questionar-se sobre absolutamente tudo.
Sempre será questão de princípios, valores e personalidade. Questão de manter-se firme e forte em suas lutas diárias, de não ser devorado pelos leões e consumido pela maldade que está aí fora.
Seria muito mais seguro manter-se trancafiado em seu quarto para não precisar passar por isso.
Ser quem tu realmente és neste mundo vazio com pessoas cada vez mais pequenas é uma tarefa tão árdua que nos deixa à beira da loucura.
Mantenha-se sempre em equilíbrio constante consigo, por mais difícil que seja. Dê o devido amor e valor apenas a quem merecer. Não se deixe pestanejar em momento algum! É muito mais fácil ceder.
A estrada é longa e a maré sempre balança. Haverão dias em que você sentirá uma falta tremenda de ser aquela criança inocente e sem conhecimento do mundo, mas isto não adiantará muito. E eu sei como cansa! Você tem que levantar a cabeça, seguir em frente e superar o mal sendo você mesmo da melhor forma possível, buscando sempre o bem. E "que a força esteja SEMPRE com você".


P.s. Ficarei feliz se este texto conseguir tocar mais de uma pessoa e "aliviar a barra" tanto quanto está me aliviando agora. 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Relato das folhas de papéis

[02:24 da madrugada]. Desliga o computador. Coloca o pijama. Arruma o cabelo. Pega o caderno e a caneta. Deita-se na cama. Cobre-se com o lençol. E, finalmente, começa a escrever. Com isto, já está indo para mais uma linha e sem saber sobre o que dizer. Apenas mais uma noite - nada fria - do mês de fevereiro. 
(...)
Pensar. É o que mais tenho feito ao longo de toda a minha vida. Às vezes, fico imaginando como seria se alguém encontrasse este caderno e se deparasse com todas as minhas anotações. 
O que mais retrato nestas linhas são fatos, pensados ou já praticados, de uma vida composta por inúmeros sonhos, objetivos e algumas decepções que talvez, hoje, eu considere "felizmente".
Uma vida comum? Não. É muito maior que isso. Uma vida diferente. E justamente por ser diferente que eu continuo batendo na mesma tecla de minhas milhares críticas às pessoas de hoje e suas atitudes - ou, simplesmente, a falta destas.
(...)
Para. Respira fundo. Olha para o nada. Observa as linhas que compõem o teto do quarto. Ouve os ruídos causados por gatos na rua. O nada.
E lembrar de uma das frases de um ídolo, cuja qual diz que "pensar demais, faz a gente desistir" e se dar conta - ainda mais - que, na verdade, pensar demais não nos faz desistir. Pensar demais, para ser mais clara, faz a gente enlouquecer aos poucos. 
(...)
Exaustão. Para. Mexe no cabelo. Coça a ponta do nariz. Fecha o caderno e o joga no chão, junto a caneta. Apaga a luz. Um ponto final na noite de hoje.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Reflexo complexo em anexo


Acabo de me dar conta de que só expliquei o nome do meu blog para, no máximo, 4 pessoas de todo o meu círculo social. E espero que tenham entendido, de fato.
"Reflexo anexo" se trata do meu reflexo aqui, em anexo. Os meus pensamentos, as minhas loucuras, minhas indignações, confusões e sentimentos. Enfim. Tudo isso da melhor maneira que encontrei para me reorganizar, de alguma forma, mentalmente: escrevendo.
Dito isto, posso iniciar mais uma postagem.
Tendo em mente que o meu reflexo, de alguns dias pra cá, tem sido um tanto quanto... Complexo... E me enxergar claramente tem sido proporcionalmente complicado, e admitindo que sou uma pessoa inextricável interiormente, declaro aberta mais uma rodada de "sentimentos confusos and what the hell I'm fucking doing?".
Num dado momento, está tudo bem. Até que as coisas começam a se tornar estranhas e você não sabe mais aonde está. Vai se perdendo de si, tornando-se mais um peão neste jogo de xadrez que é a vida. Acaba andando pelas ruas sem mais observar as pessoas e toda a movimentação do mundo. Você apenas segue no automático. Inconsciente.
É o momento de luta interior, da necessidade de se encontrar. Você, caro leitor, sabe me dizer quem és sem exitar?  Se orgulha do que vê quando se olha no espelho?

Mas acredito não ser um momento em vão de nossas vidas. Algum dia, todos precisamos (ou precisaremos) nos encontrar. E quando este dia chegar, o melhor a fazer é aceitar que está na hora de alguma mudança.
Há alguns dias, andei pensando sobre "como mudamos com os anos". Inevitavelmente, olhei à frente para ver o que meu reflexo me mostraria. Nada além de um vendaval de confusões. Confusões que se ligam aos meus sonhos, que se ligam aos meus objetivos, que me permitem lembrar que, ainda que as coisas estejam difíceis, só precisamos nos agarrar a tudo isso e seguirmos em frente até alcançarmos o desejado e batalhado. Por mais que não saibamos o que estamos fazendo de nossas vidas em alguns instantes - ou em grande parte destes, para algumas pessoas.
Tenho marcado em minha memória a seguinte frase de um filme brasileiro (Romance): "talvez a saída seja não desistir de procurar a saída, mesmo que ela não exista."
Será este o momento? Em busca da minha saída? (Ou de uma delas). E se ela não existir?
São tantas perguntas internas que fica difícil organizar a mente para poder respondê-las. Ah, a guerra interior... Embaraços. Tempestades. Obstáculos. A saída não é logo ali. Até que suas pernas se cansam, seu corpo implora por trégua e seus olhos se fecham sem seu comando. E como seguir em frente mediante à complexidade de sua vida? E a saída? Persista. Não desista. Porque, apesar de longínqua, você a encontrará.
Avesso ao vento, oposto aos ataques! Tu te encontrarás. E as complicações serão apenas aquilo que você assume como experiências.
E aí, então, quando à saída chegar, seu reflexo te apontará alguém diferente do que se lembra. Verás alguém díspar ao habituado. E o tempo passou num piscar de olhos, mais uma vez...

Em anexo, registro aqui um de meus momentos mais confusos desses meus 21 anos. Por quê? Coisas acontecem. Outras tomam nosso tempo e parte de nossos pensamentos se destina exclusivamente à tortura privada de nossas vidas. E em terceiros casos, você só está mesmo em busca da saída.
E em seu reflexo, a saída será o que você decidir seguir.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Aonde estão as pessoas que se importam?

Vou começar este texto relatando algo que tem ocupado muito minha mente, ultimamente: pessoas. Tenho pensado muito mesmo nas pessoas, tanto nas que estão ao meu redor (e acho que principalmente nestas), quanto num contexto geral. 
Já há algum tempo, tudo o que consigo pensar é na superficialidade das pessoas. Quero dizer, os seres humanos são seres extremamente superficiais. Sim, generalizo mesmo. E tenho lá meus motivos para crer nisto. E querem saber quais são? Bom... A vida está aí escancarando a superficialidade em nossas caras. Basta abrirem bem os olhos para enxergarem. É gente matando gente. Gente tratando gente da mesma espécie como se fosse lixo. Gente olhando apenas pro próprio nariz e esquecendo de olhar para frente e aonde pisa. E isso é triste.
Não sei se comecei meu texto da melhor forma que poderia, mas só assim para poder entrar num outro tópico de meus pensamentos. 
Por ter dito que as pessoas só olham para os próprios narizes, também comecei a pensar (e posso dizer isso por ter vivenciado tal acontecimento) que, por mais que eu esteja rodeada de gente ao meu redor (gente esta que considero "amiga"), é dificílimo julgar "quem faria por mim, o mesmo que eu faria por eles". Ah! Como é difícil... Num belo dia você acorda com a certeza sobre quem está e quem correria ao seu lado. Até que alguma coisa acontece para jogar na sua cara que você não sabe de nada sobre o mundo e que poucas pessoas (mas pouquíssimas mesmo!) corresponderiam a recíproca de seus sentimentos a eles. E, mais uma vez, isso é triste.
É da natureza do homem por na mesa esses pensamentos, reflexões e conclusões. É da natureza do homem por também ser necessário tirar de dentro de si aquela agonia que bate quando vemos que não temos certeza sobre o que os outros fariam por nós. 
O que você faria por alguém que considera um verdadeiro amigo? Até onde você estaria disposto a ir para ajudar alguém que precisa? O que você faria? 
A vida não é só o que a juventude pensa (lê-se "festas, bebidas, romances e lances"). E por mais que eu esteja nesse grupo denominado "juventude", me coloco numa subparte aonde entram as pessoas que se importam não só com algo em específico, mas com outros seres. Você se encaixa nesse grupo de pessoas que se importam com as outras? Mesmo que sequer tenha conversado com aquela pessoa que vê todos os dias na fila do banco ou na fila de espera na estação, você já pensou em como aquela pessoa está? Já parou pra pensar em como é a vida daquela pessoa? Se está feliz ou passando por algum problema?
Há algumas semanas, voltando da faculdade, subindo as escadas da estação de metrô, vi duas mulheres e uma delas estava sentada, com uma expressão de extrema dor, e a outra a estava consolando, tentando ajudar de alguma forma. Ao passar por ela, perguntei se estava tudo bem e se precisavam de alguma ajuda. E depois, vi que outras pessoas acabaram se aproximando para ver o que houve e se poderiam ajudar. Aí é que está a essência da humanidade. Aí é que está o "prazer" de "ser". Ser humano. Ser importante para alguém que precisa. Ser solidário. Ser vivo! Ser mais que meras marcas caras e importadas. Ser mais que o resto das pessoas. Isso, meus caros, está em falta no mundo atual.  
Talvez não seja um assunto relevante para se tratar. Talvez eu só esteja tendo alguma outra "crise existencial" onde culpo todas as pessoas por não serem como eu sou e não agirem como eu agiria, mas mesmo assim, o mundo está em falta de gente que age como gente. Trata-se da humanidade. Trata-se de fazer o bem. E por favor, não pensem que não estou levando em consideração toda a maldade existente nesse mundo, porque ela existe, infelizmente. E eu sei disso! Mas a melhor forma de se combater o que há de ruim, é fazendo o bem. 
Amanhã, quando passar por aquele alguém que vê todos os dias, mas nunca cumprimenta, abra um sorriso e diga, ao menos, "olá". Garanto que se sentirá melhor com isso. Em meio a tanto caos e desumanidade, um gesto como esse pode fazer a diferença não só no seu dia, mas no de outras pessoas também. Amanhã, encha seu peito de um pouquinho de bondade e importe-se não só com você. Mostre que também se importa com os outros. Não faça parte dessa extinção da humanidade. Não dê um pontinho a mais para a superficialidade dos homens cegos. Viva bem e faça o bem. Só isso que gostaria de tratar.
Reflitam. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sobre lembranças e mudanças.



Acho que todo mundo, ao menos uma vez na vida, já guardou cartas e textos que costumava escrever ou receber. E, por guardar tais lembranças, um dia, acaba por encontrá-los e, de imediato, relendo. É inevitável não ler. 
Quem, em todo o Universo, nunca pensou em "como vou ser daqui 'x' anos?" Talvez seja por isso que nos habituamos a guardar coisas antigas. Ou não. Talvez seja simplesmente uma boa memória e haja carinho o suficiente pra tal. Não importa. 
O que eu quero dizer é que sempre que acontece esse tipo de coisa, nós pensamos - e nos lembramos - em como éramos e comparamos com o que somos agora. 
Me dei conta do quão egoísta eu costumava ser. E teimosa. E cega, também. Aliás, quase sempre fui cega. É o tipo de coisa que aprendemos a controlar com o passar do tempo. 
Hoje, com meus 20 anos de idade, posso dizer com convicção que quanto mais jovens, mais estúpidos somos. O lado bom disso tudo é que podemos escolher entre "crescer e amadurecer" - assim, muda-se de "estúpido" para "um pouco mais racional" -, ou "permanecer o mesmo". E digo por experiência própria. 
"Cresci" com o passar do tempo, e perder meu pai foi o fator principal pra que se iniciasse o processo de amadurecimento.
Ah, a juventude! São tão inconscientes de seus atos. Tão dramáticos e desesperados. O que os adultos esquecem de nos dizer é que nossos dramas de hoje, amanhã serão motivos de riso. Ou talvez até nos dizem. É apenas a estupidez jovial que nos impede de ouvir.
Eu costumava ser egoísta e teimosa nos assuntos do coração, porque me apaixonava facilmente. Sim, estou falando de paixão. É o que estraga a mente de qualquer adolescente em fase de crescimento. Se você está apaixonado, dificilmente - ou quase nunca - vai enxergar os erros, os defeitos e as complicações de se entrar num relacionamento. Você só consegue ver com clareza quando a paixonite passa. E é exatamente aí que as coisas mudam. Ninguém quer ter que se sujeitar aos caprichos de outrem. Ninguém precisa se sujeitar para agradar ninguém. Isso não é amor. Isso é estar cego e, de sobra, tangencialmente ligado à paixão. 
As pessoas não sabem amar umas as outras verdadeiramente. Se iludem com o pensamento de que sabem. As pessoas do mundo contemporâneo não sabem amar. Eu não sei amar. Você não sabe amar e isso é um fato. 
"Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos". 
Quando eu tinha meus 15 para 16 anos, achava que sabia demais. Hoje eu vejo que nada sabia e que ainda não sei muito. A diferença é que não me deixo enganar por algumas belas palavras. Hoje eu sei o que eu quero e quem eu sou (e sei como isso soa egocêntrico, mas acredite: não é! Não é pecado admitir o que penso sobre mim).

Ao senhor do tempo, os meus mais sinceros agradecimentos. A mudança é sempre necessária e bem-vinda.

sábado, 28 de abril de 2012

Smile: You're in love!





Esse tal de amor mexe mesmo com a gente, não? Bem-vindo ao clube se você já sentiu suas mãos suarem, suas pernas cambalearem, o coração acelerar só de ver ou ouvir a voz de alguém, se você já dedicou aquela música para alguém. Bem-vindo ao clube se você já fez promessas atrás de promessas por um só alguém, se você já se fez de bobo só para fazer aquela pessoa rir e, você, ficar admirando apaixonadamente aquele sorriso que, para você, significa tudo. Bem-vindo ao clube se você já passou horas acordado trocando mensagens com aquele único alguém ou, então, ligou só para "dizer boa noite".
Esse tal de amor, é o responsável por tantas coisas em nossas vidas. Nós que somos meros seres humanos... E esse mesmo amor tem tantos sub-gêneros, causa tantos impactos em nossas vidas. Eu mesma já tive o prazer e, talvez, a felicidade, de vivenciar grande parte desses sub-gêneros. No momento, acredito (e realmente espero) que seja o sub-gênero mais duradouro, que seja "eterno enquanto dure", e que dure para sempre.
Fui questionada, recentemente, por esse mesmo alguém que faz meu coração disparar drasticamente, se era justo tamanho sentimento ter de passar por tamanha dificuldade. Talvez não seja justo, porém, é por ele que eu luto e lutarei sempre até o fim. É por você. Por nós. Porque, sinceramente, por você vale a pena. Por nós vale a pena, vale o mundo inteiro! Não vim até aqui pra desistir agora.
Eu só preciso que você saiba de uma coisa: Eu estarei sempre aqui por você e nunca, jamais, vou abandoná-lo. Você é uma das poucas pessoas ao meu redor que eu tenho um carinho incondicional, um amor sem igual, pela qual eu faria loucuras, só para vê-lo sorrindo, vê-lo feliz.
Nesse exato momento estou ouvindo a música que você me pediu para ouvir, e, como cita a canção, and all my life, I've been waiting for someone like you to make me smile. You make me feel alive and you're giving me everything, I've ever wanted in life. You make me smile and I forget to breathe what's an angel like you ever doing with a devil like me. 
Talvez seja assim mesmo, mais simples do que parece. É que você me faz sorrir e o motivo é sempre você. Só queria que soubesse disso.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pai.

Há quatro anos atrás, nesse mesmo horário, eu me encontrava em prantos, desesperada, inconformada, desacreditada.
Quatro anos. Quem diria? O tempo passa e a gente nem vê...
É horrível, não? Perder alguém tão especial. Perder teu melhor amigo, teu anjo, teu protetor. Teu pai!
Uma vez escrevi algo sobre as pessoas não darem valor à seus respectivos pais e que estas pessoas não sabem como são felizes por ainda terem seus pais consigo. Eu daria tudo pra ter você comigo de novo.
Meu egoísmo me faz mal, mas que culpa tenho se eu preciso de você comigo pro meu mundo ser melhor?
Sabe, pai? Eu já te perdoei pelo que aconteceu, já te perdoei pelos teus erros, já agradeci a Deus por ter me dado a honra de ser sua filha, já comemorei contigo as nossas e suas vitórias. Eu vivi muitas coisas com você, já presenciei muita coisa, já rimos e já choramos por diversos motivos. E eu sinto uma falta tremenda de ti. Sinto falta do que eu tinha há quatro anos atrás. Sinto falta do seu abraço, do seu sorriso, das suas broncas, seu beijo de "bom dia" e "boa noite", suas crises de ciúmes quando garotos falavam comigo, das nossas farras em festas da família... Sinto falta de tudo, mesmo!
E o pior é que eu sei que você está melhor do que nós. Eu sei que você cuida de nós, onde quer que esteja. Sei que está aqui, por mais que não possamos te ver ou tocar.
Eu sei, também, que está vendo tudo isso que estou te escrevendo e confesso, pai, tudo que escrevo pra você eu faço com muito carinho, porque eu sei que você está vendo.
Mas o que me conforta - ou me deixa "menos pior" - é que, pelo menos, eu pude dizer a você que eu te amo e te dar um beijo. 
O que eu senti há quatros atrás, continua me sufocando da mesma maneira. Isso não vai passar. Nem amenizar. E é uma grande mentira quando dizem que isso muda com o tempo. 
Sua ausência me machuca sim, e dói. Mas você pra sempre será o meu herói! :')
Eu te amo muito, meu pai
"Sei que quando canto você pode me escutar."

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Desabafo via composição.





"Saio de casa pra distrair os pensamentos e encontro em qualquer calçada amparo para os meus tormentos. E eu sei que nem sempre as coisas são como a gente quer, mas precisa mesmo ser tão complicado assim?
Eles dizem que preciso aprender a me virar sozinho, que preciso aceitar as coisas como são. Que mesmo diante do pior dos medos eu não devo temer. E que, às vezes, os problemas, só mesmo o tempo pra resolver.
Não acho graça quando dizem que essas coisas acontecem e que isso vai passar. Só eu sei a quanto tempo me vejo dando voltas e voltas preso no mesmo lugar. 
Eles dizem que preciso aprender a me virar sozinho, que preciso aceitar as coisas como são. Que mesmo diante do pior dos medos eu não devo temer. E que, às vezes, os problemas, só mesmo o tempo pra resolver."


(Berlin - Valentin, vulgo Érico Junqueira)